sexta-feira, 18 de março de 2011

Guerra: profissionalismo e comprometimento

Onde foi parar o senso de comprometimento com a palavra e a venda? Será que a sensação de quantidade é melhor que a de qualidade num serviço prestado ou num produto vendido? Hoje, as empresas querem vender e faturar, mas estão pouco se importando para quem elas estão vendendo. Quando estão na fase de vender o produto mostram-se uma coisa, mas depois de vendido, só por Deus. Casos e mais casos dá pra se ver e não são poucos. A exemplo temos operadoras de TV a cabo, que pra te vender te prometem mundos e fundos, te tratam como único, mas é só assinar o contrato e o inferno começa. Telefonia é idêntico, e o um pouco pior a abordagem de vendas: hoje eles colocam promotores nas ruas te laçando e dando chip de celular de graça. Onde vamos parar? E não precisamos pensar somente nas grandes não. Estou com um problemaço com uma empresa que está desenvolvendo o software da empresa, eles acham que estão lidando com um leigo e tentam me enrolar. Todos eles pensam que estar lidando com retardados, com pessoas sem opinião e senso. Gente, pelo amor de Deus, alguém que tenha um pingo de inteligência e consciência, sabe o que é ser tratado mal.

Tenho aulas de como vender software, como desenvolver e por aí vai, mas a faculdade não ensina o pós venda, a parte relacional, ética, respeito... claro, isso tem que vir de berço, mas frisar nunca é demais. Parece que nós, clientes/consumidores, somos migalhas de pão em praça pública, onde o monte de pombos brigam pra acabar conosco. Sinto-me assim quando tento falar com a empresa de TV porque o meu sinal caiu e eles não me atendem, apesar da lei que os obrigam a atender em até 1 minuto. Ou mesmo quando tento ligar pra operadora do meu celular pra pegar alguma informação. Pior que isso é ir nas lojas dessas operadoras.

Usando como exemplo a operadora de celular, mas serve pra todos os serviços, me questiono sempre: tenho o canal de atendimento via internet, as diversas lojas, o atendimento telefonico e alguns outros... quem vê isso pensa: nossa, que legal, serei bem atendido, tenho diversos meios de ser atendido se precisar... mas é só enrolação. Se temos problemas e ligamos, a atendente diz que só pode ser resolvido na loja. Chegamos na loja e nos dizem que é só via internet. Entramos na internet e diz que é pra ligar. Ou seja, aquilo que era pra ser um facilitador, é um meio de te enrolarem.

Estamos fritos, pra qualquer lado que corremos tem um "espertinho" querendo nos sacanear. É por isso que as vendinhas de antigamente eram melhores, o atendimento personalizado e a credibilidade ainda era requisitos básicos. A caderneta em lugar de cartão de crétido, o bom dia com um aperto de mão eram mais valiosos que as mocinhas de patins com uma camiseta escrita: EM QUE POSSO AJUDÁ-LO?

Enfim, o tempo passa e "evoluímos" (sic), achamos que sabemos demais, crescemos muito com tecnologia e etc, mas o mais importante está ficando lá pra trás, que é a moral!


Nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você ver o mundo de outro jeito

Se o que é errado ficou certo, as coisas são como elas são
Se a inteligência ficou cega de tanta informação

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